#0257 - Kid Rules!


Porque hoje é Dia das Crianças.

Em uma educação cada vez mais voltada à uma consciência de diálogo aberto e não violência, estamos presenciando verdadeiros paradoxos onde todo mundo contribuí com o que acha mais humanitário e acaba por esquecer o que é mais eficaz causando um desequilíbrio de valores na sociedade que se forma.

Alguns 20 anos atrás, filhos apanhavam de chinelo e cinto dos pais em carácter educativo, (e é bom elucidar como isso é diferente de um espancamento, que isso sim é crime) e ninguém saia matando colegas e professores por aí ou desrespeitando estruturas por aí sem motivo. Era mais claro a ideia de ter que comer muito feijão com arroz ou crescer para aparecer, enfim, se fundamentar para expressar opinião e ou conquistar o direito de voz ou ser ouvido com propriedade.

Hoje, temos crianças cada vez mais cheias de direitos e vontades, os pais estão proibidos de encostar em seus filhos, limitados a castigos pedagogicamente corretos e muito diálogo e por incrível que pareça, funciona, mas como tudo na vida há um limite e tudo que as crianças de hoje precisam é ter pais e mães em papéis de pais e mães e não de amigos, coleguinhas. Tem que haver uma hierarquia nessa estrutura para não virar bagunça e não perdermos de vez o "timming" para construir essas personas da nova geração.

Como filósofo, é inerente que eu acredite no importante papel do diálogo para resolver qualquer problema, mas isso não implica que eu deva perder meu tempo gastando latim com quem não entende, correto? "Não jogar pérolas aos porcos". Com uma pessoa histérica, uma reação padrão bem clichê nos filmes é o célebre tapa no rosto, não para machucar, mas para tira-la daquele choque, traze-la para o mundo real.

Entendo que esse choque ocorre de várias formas, assim como um acidente, uma fatalidade tira alguém de ação, um choque estético, um pico de alegria e ou euforia pode vir com o mesmo poder de transe e nessas horas, claramente falar pode não ser o suficiente, com certeza não é o mais eficiente e por mais incrível que possa parecer, se a criança for desprovida da ideia e ou sensação de posse, não há punição alguma em remover-lhe, brinquedos, TV, vídeo games etc, senta-lo em um banquinho para refletir pode deixa-lo mais irado por perder a brincadeira naquele momento em que acontece só porque não deu ouvidos ao adulto, dificilmente nessa situação irá pensar no que fez de errado, está em choque, em transe demais para olhar a coisa por esse prisma.

Enfim, hoje é dia das crianças, um bom dia para pensar em como vamos conduzir a educação de todas elas e tentemos não perder as certa medida, sou a favor do diálogo, mas não sou radicalmente contra uma chinelada quando a palma não mais for suficiente, isso nunca matou nem revoltou ninguém antigamente (quando dentro das devidas medidas, claro.) e acho que se a proposta é garantir os direitos das crianças, elas devem estar cientes da contra partida desse contrato social, ou seja, seus deveres, que além de fazer de tudo para ser o melhor nos estudos e nos esportes, é respeitar os costumes, os mais velhos e a família. Entender que não pode fazer escândalo, dar chilique ou pití, muito menos aborrecer outrem.

Se todas as questões mesmo com os mais novinhos se resolve no diálogo, mostrem-lhes seus direitos, mas também seus deveres e os façam entender e não apenas decorar e como Rosseau já disse: "toda lei só se cumpre mediante castigo", então aos infratores castigo. E para tirar do choque e trazer para à razão, tapa. Tapa sem ódio, fúria ou rancor, apenas um "acordae, meu..." mas que não deve haver censura alguma se vier em carácter punitivo.

Curtam o dia das crianças.